terça-feira, 8 de julho de 2014

o melhor do meu dia

Hoje foi um daqueles dias. A Bárbara a convalescer de (mais) uma virose, a Teresa a fazer umas sestas curtinhas curtinhas. Eu a tentar fazer sopa, e a trabalhar alguma coisa, e a arrumar e a brincar ao mesmo tempo com uma e com outra e com uma e com outra. De tarde, e para poder concentrar-me no trabalho por algumas horas, resolvi deixar as pequenas com os avós. São cinco minutos os que separam as duas casas e não mais do que dois quilómetros, mas ao sair de uma rotunda, um carro com uma condutora distraída entrou na mesma faixa que eu, e acabámos por chocar. À Teresinha, que ia do lado do embate, não aconteceu nada, aliás, o carro ficou apenas com uns arranhões. Mas perante a postura agressiva e desconfiada da mulher, que depois chamou o marido, que também se comportou de forma agressiva e desconfiada, e vendo que não ia conseguir resolver a situação com uma participação amigável, resolvi chamar a polícia. Foi o melhor que fiz. Também me trataram por tu e por "colega", até fiquei arrepiada, juro. A certa altura deixei mesmo de lhes responder, de tentar argumentar, de dizer o que quer que fosse e só voltei a falar com os agentes. Desagradável e desgastante. 
A noite não foi menos animada. A Bárbara "só" demorou duas horas e meia a adormecer, depois de passar o dia a desobedecer e a desafiar. Está naquela fase em que seduz para ver se a coisa passa sem castigo ou sem reprimenda. Esta toddlerice já acalmava, que eu quero ver os frutos da educação que lhe damos. 
Hoje foi um dia difícil que se sucedeu a uma noite muito cortada. Mas quis fazer este exercício, o de encontrar os pontos altos, isso repele um pouco as más energias. Diria que o melhor do meu dia foi a Bárbara ter comido a sopa toda ao almoço. A maneira como a Teresinha me agarrou a cara e sorriu quando acordou da sesta. Os sorrisos delas. Os olhos delas. O café que o meu homem me tirou. Estar à mesa com ele e sentir que estamos no mesmo comprimento de onda. E tomar consciência de como estas pequenas coisas têm toda a importância do mundo, se deixarmos que nos preencham.

7 comentários :

  1. Espero que o universo te tenha recompensado com uma noite de sono das boas.
    Esse exercício de pensar nas coisas boas do dia, mesmo num dia aparentemente tão atribulado, parece-me excelente.

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    1. A noite não foi má. :) Isto de pensar no melhor do dia é uma boa forma de perceber que valeu a pena.

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  2. Há dias difíceis. O mais importante é manterem-se em união, no "mesmo comprimento de onda"...

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  3. Esse exercício é poderoso! Eu tenho tido dias difíceis, mas hoje, depois do habitual (meu) exame no ipo pensei... Afinal tenho uma vida perfeita!!! ;) beijos

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