quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O início

Dia 1

Acordei com dores de barriga, como se fosse o meu primeiro dia. Bom, e era. O meu primeiro dia a levar a Bárbara ao infantário. Quando chegámos ao colégio, havia mais miúdos a chegar, com quem ela se ia metendo, a dizer "olá!". E ia sorridente, mas quando viu miúdos a cravarem os pés no chão à entrada, outros a chorar desesperados, ficou um pouco mais séria. Mesmo assim, quando a vieram buscar, sorriu de imediato e atirou-se para o colo da educadora. Conversámos um bocadinho, combinámos que iria buscá-la após o almoço e despedimo-nos com uma rapidez surpreendente, e ela lá foi, mas sempre a olhar para trás. De imediato deu-se-me um nó na garganta e passei a manhã a contar os minutos para a ir buscar. Vinha tranquila, mas atirou-se logo para o meu colo, deitou a cabeça no meu ombro e ainda lhe ouvi uns soluços de quem tinha chorado muito. A minha pequenina. A educadora disse-me que ela não tinha comido nada, e que não quis brincar. Tudo bem, foi só o primeiro dia. 

Dia 2

Saímos de casa ainda mais cedo do que no dia anterior, para respeitar o horário que nos foi entregue na reunião de pais. Mesmo ainda recente, sabe-nos bem toda esta mudança de rotina. Sair cedo de casa, pela fresca, e ir cada um à sua vida com imenso dia pela frente. Anyway. Ela hoje ficou porreiríssima, mal chegou atirou sorrisos e foi para dentro sem olhar para trás. De manhã fui comprar algumas coisas que estavam a faltar para ela ter lá, e passou-se a manhã. Ao meio dia apareceu ao colo da educadora, bem disposta, diz que comeu, diz que brincou e que amanhã é um bom dia para experimentar ficar o dia todo. Não estou à espera de milagres, sei que de repente a coisa pode não correr tão bem. Mas estes dois dias foram uma lufada de ar fresco, cá em casa. Agora é só limar arestas, ajustar as rotinas. Deixar que tudo aconteça naturalmente, sem dramas, e ao jeito da minha Cuquinha, com muitos sorrisos.

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